Cura do Coração: Acolhendo o Luto do Amor no Dia dos Namorados

Hoje no dia dos namorados recebemos pacientes com que necessitamos acolher com queixa de dores de término. Esse luto é um sofrimento psíquico que podemos trabalhar especialmente no dia de hoje uma indução hipnótica de visualização muito acolhedora e amenizar essa dor nesse momento para continuarmos posteriormente tratando.
Para descrever sobre o término é necessário destacar que a pessoa vivência um processo de luto, que passa por diversos estágios. Por isso, não será uma sessão que irá solucionar esse problema, já que o luto é um processo e a dor deve ser vivida, como afirma Hayes da Terapia de Aceitação e Compromisso.
O luto pelo término amoroso de um relacionamento amoroso, especialmente quando há um forte investimento afetivo, é vivenciado como uma perda significativa. Assim como a morte de alguém querido, o fim de um vínculo afetivo exige um processo de luto, com estágios como:
? Negação: dificuldade de aceitar que acabou.
? Raiva: direcionada ao ex-parceiro(a), a si mesmo ou às circunstâncias.
? Barganha: tentativas de retomar a relação, ou ruminações do tipo "e se?".
? Tristeza: sensação de vazio, desânimo, solidão.
? Aceitação: compreensão de que o ciclo se encerrou e abertura para reconstruir a vida.
Cada fase pode vir em ondas, não necessariamente em ordem, e é natural haver recaídas emocionais em datas significativas como o Dia dos Namorados.

A hipnose pode ser uma aliada poderosa nesse processo, pois permite o acesso a estados internos de segurança, acolhimento e reconstrução da autoestima.
Indução Hipnótica ? Cura do Coração no Dia dos Namorados:
"Feche os olhos agora?
Respire fundo? inspirando lentamente pelo nariz?
e soltando o ar devagar pela boca?
Isso?
A cada respiração? você pode ir se permitindo relaxar um pouco mais?
como se estivesse se afastando, gentilmente, das tensões do dia?
Deixe que o peso do seu corpo se acomode onde está?
Sinta que você pode descansar agora? sem pressa?
E enquanto você respira? imagine que, a cada expiração, você solta também um pouco da dor? da saudade? da expectativa não correspondida?
E agora, imagine que você está caminhando por um jardim?
Um lugar seguro? tranquilo? onde cada passo seu é leve?
As flores estão desabrochando?
e o ar é puro, acolhedor?
Nesse jardim? há um banco sob uma árvore?
Você se senta ali? e sente que não está só?
Mesmo que tenha sido deixado(a)? mesmo que algo tenha se rompido?
Há dentro de você um lugar que continua inteiro?
Permita-se acessar agora a sabedoria profunda do seu inconsciente?
A parte sua que sabe que a dor passa?
Que já superou outras perdas?
E que é capaz de amar novamente? e principalmente, de se amar?
Visualize agora um círculo de luz ao seu redor?
Uma luz suave que representa o amor verdadeiro?
Não o amor que prende? que cobra?
Mas o amor que liberta, que nutre? que começa em você?
E nesse espaço? você pode repetir mentalmente:
"Eu acolho minha dor com respeito e compaixão."
"Eu liberto o que me prende ao passado."
"Eu sou digno(a) de amor e paz."
"Hoje é um novo dia."
Agora? imagine seu coração como uma flor que se abre lentamente?
Recebendo a luz do sol?
Sentindo que, mesmo ferido, ele pulsa?
Ele vive?
Ele ainda pode sentir alegria?
E vai voltar a sorrir? no tempo certo?
Fique mais um momento aí? sentindo essa luz suave? esse acolhimento interno?
E saiba: você está se reconstruindo, um passo de cada vez.
Quando estiver pronto(a), respire fundo?
Vá voltando? devagar?
Movimentando o corpo?
Abrindo os olhos?
E trazendo com você essa sensação de cuidado e esperança?"

Desejo que todos primeiro se enamorem, pois o amor fundamental é essencial ser por si mesmo para depois ser compartilhado! Clystine Abram ??